PIB de Minas Gerais cresce 3,1% em 2024, impulsionado por avanço de 3,8% na indústria

Por: Gerência de Economia e Finanças Empresariais – FIEMG

03/04/2025 - A economia de Minas Gerais registrou um aumento de 4,1% no quarto trimestre de 2024, em comparação com o mesmo período de 2023. Esse desempenho foi impulsionado pelo ótimo resultado da agropecuária (13,3%), do setor de serviços (2,8%) e da indústria (2,7%).

Dentre os segmentos industriais que tiveram crescimento, destacam-se a indústria de transformação, com avanço de 5,9%, e a construção civil, com elevação de 4,4%, beneficiada pela retomada do programa "Minha Casa, Minha Vida" e pelo aumento do crédito.

Por sua vez, os segmentos extrativo e de energia e saneamento apresentaram quedas de 10,3% e 0,3%, respectivamente.

No acumulado de 2024, o PIB mineiro cresceu 3,1%, na comparação com 2023. Esse resultado foi impulsionado pelo sólido desempenho da indústria (3,8%) e pelo setor de serviços (3,3%). Em contrapartida, o setor agropecuário registrou uma queda de 6,1%.

Vale destacar que a indústria mineira apresentou resultado positivo em todos os seus segmentos: construção (7,7%), energia e saneamento (5,6%), transformação (3,1%) e extrativo (1,8%).

Na margem, o PIB mineiro avançou de forma modesta, com crescimento de 0,4%, indicando um arrefecimento da economia mineira, tal como já sinalizado na economia do Brasil. O resultado positivo foi puxado pelo setor de serviços, que cresceu 0,2%. Por outro lado, a indústria e a agropecuária retraíram 0,5% e 3,1%, respectivamente.

Na indústria, o resultado negativo foi influenciado pelos segmentos extrativo (-5,6%) e de energia e saneamento (-0,4%). Em contrapartida, a construção civil avançou 1,5% e a indústria de transformação 0,7%.

PERSPECTIVAS

A economia de Minas Gerais deve seguir sua trajetória de crescimento em 2025, embora em um ritmo mais moderado, refletindo os efeitos da política monetária restritiva (alta da Selic), tendência já observada no quarto trimestre de 2024.

A indústria continuará em expansão, porém de forma mais contida. A combinação de taxas de juros elevadas e pressões inflacionárias tende a aumentar os custos de produção, enquanto as incertezas no cenário internacional representam riscos para alguns setores industriais.

O consumo das famílias deve apresentar uma redução em 2025, quando comparado a 2024, o que pode impactar, principalmente, a atividade no setor de serviços.

Com relação à agropecuária, projeta-se uma recuperação em 2025, impulsionada por safras recordes já previstas pelo IBGE para o primeiro trimestre. Consequentemente, espera-se um maior estímulo para atividades relacionadas à agropecuária, como transportes, máquinas e equipamentos e produtos químicos.

Fontes: Fundação João Pinheiro, IBGE.

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Fonte: FIEMG