Considerando os dados analisados, os secadores dispersam 2,2 mil vezes mais vírus e bactérias do que as tolhas de papel. Após o avanço da vacinação contra covid-19, as medidas impostas para evitar a propagação do vírus, como o isolamento social e o uso de máscaras, foram sendo flexibilizadas, fazendo com que as pessoas se adequassem ao tão comentado “novo normal”. A queda no número de pessoas infectadas fez com que os lugares com grande circulação de pessoas, como shoppings centers, restaurantes, museus, galerias e rodoviárias voltassem a receber diversos visitantes.
21/07/2022 - Após o avanço da vacinação contra covid-19, as medidas impostas para evitar a propagação do vírus, como o isolamento social e o uso de máscaras, foram sendo flexibilizadas, fazendo com que as pessoas se adequassem ao tão comentado “novo normal”.
A queda no número de pessoas infectadas fez com que os lugares com grande circulação de pessoas, como shoppings centers, restaurantes, museus, galerias e rodoviárias voltassem a receber diversos visitantes. No entanto, a retomada não isenta os cuidados com higiene e limpeza das pessoas, assim como dessas instalações, para proporcionar um ambiente adequado aos seus usuários.
A importância da higiene em lugares públicos vai além de manter os cuidados para prevenção do coronavírus, mas também as demais doenças respiratórias. Segundo a Associação Brasileira de Otorrinolaringologia e Cirurgia Cérvico-Facial (ABORL-CCF), doenças como gripe, resfriado, rinite e sinusite sobem em 40% durante o inverno, estação mais fria e com tempo mais seco. Outra preocupação é o vírus Influenza H3N2, que causou uma epidemia no país no início do ano.
Nesse contexto, é importante priorizar ações que evitem a transmissão de germes e bactérias, principalmente em locais públicos.
HIGIENIZAÇÃO SEGURA
A parte mais importante do corpo para manter higienizada em locais de grande circulação de pessoas são as mãos, pois entram em contato com diversas superfícies e frequentemente são levadas ao rosto, até mesmo à boca e aos olhos.
Muito se fala sobre a maneira correta de lavar as mãos, usando água e sabão, porém os cuidados ao secar as mãos também fazem parte da rotina necessária para manter esses cuidados e evitar a propagação de vírus e bactérias, já que a pele úmida fornece um ambiente mais propício para a contaminação.
As pesquisas sobre o tema costumam analisar as duas opções mais comuns disponibilizadas para a secagem das mãos em ambientes compartilhados – o papel toalha e os secadores elétricos.
Em estudo publicado em março de 2021, disponível no periódico “Infection Control & Hospital Epidemiology”, da Universidade de Cambridge, os secadores de mão elétricos de alta velocidade tendem a aumentar a disseminação de contaminantes para outras superfícies – ao não higienizarem as mãos de forma adequada, os usuários utilizam o secador e os jatos de ar acabam espalhando as bactérias residuais.
“Na verdade, o secador vira um aerossol que contamina o banheiro, incluindo o próprio secador e, potencialmente, a pia, o chão e outras superfícies, dependendo do design do dispositivo e de onde está localizado”, comentou o professor de microbiologia Mark Wilcox, da Universidade de Leeds, no Reino Unido.
Já na pesquisa da Universidade de Westminster, em Londres, os patógenos presentes nas mãos diminuem, em média, 58% com o uso do papel toalha, enquanto ao usar os secadores de mão, os patógenos aumentam em cerca de 255%.
O estudo também aponta que o papel absorve agentes patógenos junto com a água ao secar a mão, realizando uma melhor absorção, que dura em média 11 segundos e usa duas folhas de toalha. Os secadores, no entanto, deixam uma havia uma mistura de bactérias transitórias após a secagem que permanecem nas mãos, pois não são
absorvidas, além de demorar, em média, 30 segundos para realizar a secagem das mãos.
Considerando os dados analisados, os secadores dispersam 2,2 mil vezes mais vírus e bactérias do que as tolhas de papel.
Segundo análise da Mayo Clinic Proceedings, que agrupa dados conclusivos de 12 estudos, ao longo de quatro décadas, a conclusão é que o papel toalha é a opção mais segura para a secagem das mãos, ajudando a evitar que as doenças sejam disseminadas e garantido a saúde dos usuários dos estabelecimentos.
Fonte: Tissue Online
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