Parada de manutenção impacta volumes, mas redução de custos e ganhos com ativos biológicos impulsionam resultados financeiros.
05/11/2024 - A Klabin, uma das principais líderes do setor de celulose e papel no Brasil, obteve lucro de R$ 729 milhões no terceiro trimestre de 2024, um salto de quase 200% em relação ao mesmo período do ano passado. Entre julho e setembro, a companhia alcançou receita de R$ 5 bilhões, representando um aumento de 14% sobre o terceiro trimestre de 2023.
O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado registrou R$ 1,8 bilhão, marcando um crescimento de 33% em um ano, com margem Ebitda ajustada subindo 5 pontos percentuais, atingindo 36%. “O terceiro trimestre foi marcado pela contínua melhora das condições de mercado nos segmentos de papéis e embalagens observadas desde o início do ano”, destacou a Klabin em seu relatório.
Apesar dos resultados, a empresa enfrentou desafios com problemas logísticos nos portos do Sul e Sudeste do país, o que impactou negativamente as operações. A valorização do dólar em relação ao real beneficiou as exportações, mas também influenciou nos custos de produção. O custo com produtos vendidos atingiu R$ 2,45 bilhões, alta de 3% em relação ao ano anterior, com custo por tonelada mantido em R$ 2.411.
No terceiro trimestre, o resultado financeiro da Klabin foi negativo em R$ 403 milhões, uma alta de 24% em relação ao ano anterior, enquanto o saldo de caixa da empresa recuou para R$ 7,5 bilhões, pressionado por investimentos no Projeto Caetê. A dívida líquida chegou a R$ 29,5 bilhões, frente a R$ 23,7 bilhões em junho, elevando a alavancagem de 3,5 para 4,1 vezes.
A produção da Klabin no trimestre foi de 984 mil toneladas de papel e celulose, queda de 4% em relação ao ano anterior, reflexo de uma parada de manutenção na unidade de Ortigueira (PR), que resultou em redução de 24% na produção de celulose. Em contrapartida, a produção de papéis aumentou 10%, impulsionada pela alta demanda por papel cartão. Já a produção de papelão ondulado subiu 4% no período.
As vendas da Klabin totalizaram 938 mil toneladas entre julho e setembro, uma redução de 3% na comparação anual, em razão da menor produção de celulose. No segmento de papéis, as vendas cresceram 27%, impulsionadas por uma forte demanda por papel cartão e papelão, enquanto as vendas de embalagens registraram um aumento modesto de 3% no ano.
O custo caixa de produção da celulose foi reduzido em 12%, alcançando R$ 1.157 por tonelada, devido às sinergias do Projeto Caetê e à maior receita de energia. Segundo a Klabin, “estes efeitos tiveram impacto superior à menor diluição de custos fixos devido à redução no volume de produção e ao maior custo de combustíveis e químicos, explicado pelo maior consumo específico e aumento nos preços”.
Fonte: Portal Celulose
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