Por: Gerência de Economia e Finanças Empresariais/ Conselho de Política Econômica – FIEMG
16/07/2024 - A produção industrial de Minas Gerais decresceu 3,3% em maio, na comparação com abril. A retração foi superior à observada na indústria brasileira (-0,9%).
No estado, a produção da indústria de transformação recuou 5,3%, seguindo a mesma tendência da indústria de transformação no país (-2,2%). A indústria extrativa decresceu 4,2%, em contraponto à indústria extrativa nacional (2,6%).
Dentre as 14 atividades pesquisadas, 11 apresentaram queda. As atividades de alimentos (-7,3%) e de produtos químicos (-14,3%) exerceram as maiores influências² negativas. Por sua vez, bebidas (3%), celulose e papel (1,5%) e metalurgia (1,7%) foram as únicas atividades que registraram crescimento no mês.
Frente a maio de 2023, a produção industrial de Minas Gerais mostrou diminuição de 5%, puxada pelo desempenho do segmento de transformação (-7,6%), na comparação interanual.
Dentre as 14 atividades analisadas, oito recuaram. As principais influências negativas foram observadas em metalurgia (-15,2%) e em produtos químicos (-17,2%).
Em contrapartida, as atividades de bebidas (9,2%) e de minerais não metálicos (6%) exerceram as principais influências positivas.
No acumulado do ano, a produção industrial mineira registrou expansão de 1% – resultado inferior ao verificado na indústria brasileira (2,5%).
O resultado de Minas Gerais, ainda que modesto, foi explicado pelo bom desempenho da indústria extrativa (6%).
Em contrapartida, a indústria de transformação recuou 1,1% no período. As atividades de metalurgia (-7,4%) e de produtos químicos (-7%) exerceram as principais influências negativas. Por sua vez, as atividades de alimentos (3,6%) e de produtos de metal (14,4%) contribuíram para que esse recuo não fosse mais acentuado.
Perspectivas
A expectativa para a indústria mineira é de um desempenho moderado. Marcada por um mercado de trabalho pujante e pela ampliação das transferências governamentais às famílias - refletindo em ampliação do poder de compra – a economia aquecida deve continuar impulsionando, em parte, a atividade industrial.
As recentes mudanças no cenário econômico brasileiro mantêm a indústria em estado de alerta, apesar da economia aquecida e do mercado de trabalho pujante. O primeiro motivo de preocupação é a sinalização do Banco Central de interrupção nos cortes na taxa básica de juros, o que pode dificultar os investimentos no setor industrial. O segundo motivo é o aumento dos preços dos bens industriais, que subiram 0,33% em junho, conforme o IPCA-15. Além disso, a recente depreciação cambial pode acentuar essa elevação de preços, já que os bens industriais são particularmente sensíveis às variações cambiais.
IBGE. ¹ Ajuste Sazonal: LCA Consultores. ² Ponderado pelo peso das atividades na pesquisa (Fonte)
Acesse aqui o estudo completo
Fonte: FIEMG
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