Em abril deste ano, a empresa obteve a licença para desapropriação das terras necessárias para o projeto, mas o início das obras ainda depende de licenças ambientais locais.
25/07/2024 - O projeto para a construção de um ramal ferroviário ligando a fábrica de celulose da Eldorado, em Três Lagoas, à Ferronorte, em Aparecida do Taboado, no Mato Grosso do Sul, está prestes a se concretizar após anos de planejamento, desde 2010. A publicação no Diário Oficial do Estado da última quinta-feira (18) confirma que a empresa obteve a licença prévia para a instalação e comprometeu-se a pagar mais de R$ 7,8 milhões em compensações ambientais ao governo do Estado.
O ramal, que está previsto para ter 89 quilômetros e exigir investimentos de R$ 890 milhões, pode enfrentar ajustes no orçamento. O valor estimado de R$ 10 milhões por quilômetro, com base em uma projeção de quatro anos atrás, já está defasado. A empresa chilena Arauco, por exemplo, estima um custo de R$ 17 milhões por quilômetro para um ramal de 47 quilômetros na cidade de Inocência.
O Instituto de Meio Ambiente de Mato Grosso do Sul (Imasul) exigiu uma compensação ambiental de R$ 7.823.100,00, que é uma prática comum em obras que causam impactos significativos na região.
Embora a Eldorado tenha recebido autorização da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em 2021 para a construção do ramal, a licença para desapropriação das terras necessárias só foi concedida em abril deste ano. No entanto, o início das obras ainda depende das licenças ambientais locais.
Um ano se passou desde a assinatura do termo de compromisso para a compensação ambiental, mas a Eldorado e a Semadesc ainda não informaram uma data para o início das construções. A assessoria de imprensa da Eldorado e da J&F não retornou os contatos, e o espaço continua aberto para manifestações.
Além da Eldorado, a Suzano, que opera uma fábrica de celulose em Três Lagoas com capacidade para 3,25 milhões de toneladas anuais, também solicitou autorização à ANTT para uma ferrovia até Aparecida do Taboado. A agência, no entanto, indicou que apenas uma autorização será concedida, o que poderá forçar as empresas a compartilharem o mesmo ramal ou optar pelo transporte rodoviário.
Fonte: Portal Celulose
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