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Correção no preço da celulose pode surpreender com queda menos acentuada


Ao contrário de ciclos anteriores, a queda nos preços pode ser mais moderada devido a fatores específicos do mercado.

27/08/2024 - Embora houvesse expectativa de desvalorização acentuada, os preços da celulose de fibra curta em 2024 podem cair de forma mais moderada em comparação aos ciclos anteriores. No primeiro semestre, os valores surpreenderam com altas, e agora, com a entrada em operação do Projeto Cerrado da Suzano, iniciou-se a esperada correção. Contudo, a intensidade dessa queda pode ser menor do que o previsto inicialmente.


A nova fábrica da Suzano em Ribas do Rio Pardo (MS) representa a última grande expansão de oferta até pelo menos o final de 2027. Simultaneamente, o fechamento de capacidade produtiva, especialmente na fibra longa, deve continuar, já que fábricas no Hemisfério Norte enfrentam envelhecimento e altos custos.


Com a demanda estrutural em crescimento e sem grandes impactos cambiais inesperados, espera-se uma correção de preços mais suave. Em um relatório recente, o Bank of America (BofA) apontou que o setor atravessa uma reversão nos preços e projeta um piso mais favorável para o segundo semestre, superior aos níveis mais baixos registrados anteriormente.


Segundo o BofA, essa recente correção reflete preocupações com as margens dos produtores de papel na China, o término do movimento de reabastecimento na Europa e América do Norte, a normalização de operações que haviam sido interrompidas, além da produção adicional proveniente do Projeto Cerrado.


Na China, principal mercado global e referência para outras regiões, os preços seguem em queda. Na Europa, o movimento de correção começou mais tarde e tem sido mais expressivo, mas os valores ainda estão acima do que se viu em outros momentos de expansão significativa de capacidade.


A Fitch projeta que os preços médios da fibra curta em 2024 serão sustentados pela demanda europeia, interrupções inesperadas no fornecimento e estoques abaixo do normal, mesmo com uma demanda mais fraca na China. Para o segundo semestre, a previsão é de volatilidade nos preços.


A unidade Cerrado da Suzano prevê a produção de 900 mil toneladas de celulose em 2024, das quais 700 mil toneladas serão destinadas ao mercado. A primeira remessa já foi descarregada no Porto de Santos (SP).


Fonte: Portal Celulose

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