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Copom soube equilibrar incertezas ao manter taxa Selic, avaliam especialistas

O Comitê do Banco Central decidiu manter a taxa básica de juros em 13,75%, mas resolução não foi unânime. O COPOM soube equilibrar as demandas da economia brasileira com o cenário internacional ao decidir manter a taxa básica de juros em 13,75%, de acordo com especialistas. Pela primeira vez em seis anos, a decisão do comitê não foi unânime: nesta quarta-feira (21), sete votaram pela manutenção da Selic enquanto dois queriam um aumento para 14%. Chegou ao fim uma sequência de 12 altas consecutivas.


Foto: jornal O Tempo

Por Cinthya Oliveira


22/09/2022 - O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central (BC) soube equilibrar as demandas da economia brasileira com o cenário internacional ao decidir manter a taxa básica de juros em 13,75%, de acordo com especialistas. Pela primeira vez em seis anos, a decisão do comitê não foi unânime: nesta quarta-feira (21), sete votaram pela manutenção da Selic enquanto dois queriam um aumento para 14%. Chegou ao fim uma sequência de 12 altas consecutivas.


Segundo Paulo Roberto Bretas, consultor, professor e coordenador em Minas da Associação Brasileira de Economistas Pela Democracia, os especialistas do BC colocaram na balança a queda acelerada da inflação, as eleições presidenciais e os cenários econômicos de importantes players, como Estados Unidos, Europa e China. “Quando há dúvida, a tendência do Copom é ser mais conservador. Por isso, achou melhor esperar. Não há pressa em se puxar os juros para cima, mesmo com a perspectiva de médio e longo prazo de recessão nos Estados Unidos e na Europa”, afirma o especialista.


O professor de Economia da UFMG Ivan Beck Ckagnazaroff explica que há um cenário de muitas incertezas que são levadas em conta na reunião do Copom em relação à inflação, especialmente em relação à guerra na Ucrânia ou à desaceleração da economia chinesa. Ao mesmo tempo, não se pode deixar de olhar para o cenário brasileiro. “A inflação de alimentos ainda se faz presente, a economia está crescendo lentamente, os salários estão baixos, o país ainda está em um contexto econômico muito frágil. Não aumentar a taxa de juros é uma tentativa de não aumentar demais a dose do remédio, que poderia matar o paciente”, diz.


Ckagnazaroff lembra que o BC deixou claro que poderá aumentar a taxa de juros em reuniões futuras, caso haja pressão externa para isso. “Não querem enfraquecer a capacidade da economia de se recuperar, mas indicam que podem aumentar a taxa se houver outro fato de incerteza, como o (Vladimir) Putin invadir novamente a Ucrânia”, afirma o professor, lembrando que uma redução na oferta de produtos da China pode provocar novas elevações de preços.


Em suas justificativas, o Copom disse que "os passos futuros da política monetária poderão ser ajustados e não hesitará em retomar o ciclo de ajuste caso o processo de desinflação não transcorra como esperado".


Fonte: jornal O Tempo

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