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Análises indicam resiliência no setor de celulose no 3T24, apesar de queda nos preços


Desempenho das empresas de celulose é sustentado por câmbio favorável e benchmarks europeus.


22/10/2024 - A temporada de resultados do terceiro trimestre de 2024 (3T24) para o setor de matérias-primas teve início com a divulgação dos dados de produção da mineradora Vale. Neste momento, o mercado volta sua atenção para o desempenho das indústrias de papel e celulose, siderurgia e mineração, que têm grande influência sobre o Ibovespa. Segundo analistas, espera-se que o setor de celulose demonstre maior resiliência, enquanto a siderurgia deve superar a mineração, impulsionada por anúncios recentes da China que movimentaram o mercado.


O cenário para as mineradoras é desafiador, com o impacto dos preços mais baixos do minério de ferro. A XP Investimentos projeta resultados relativamente melhores para empresas como Gerdau, Aura e CBA no 3T24 em comparação às mineradoras, com a Gerdau mostrando um aumento de 3% no Ebitda. Por outro lado, a Usiminas deve continuar enfrentando dificuldades em um ambiente de custos elevados, conforme já indicado no segundo trimestre.


O Bank of America (BofA) compartilha uma visão de cautela, prevendo um trimestre difícil para as mineradoras, enquanto a celulose se destaca pela resiliência. O banco espera que os custos por tonelada diminuam, mas não o suficiente para compensar os preços mais baixos das commodities. “Vemos os custos de caixa/tonelada diminuindo devido à maior diluição de custos, mas não o suficiente para compensar os preços mais fracos das commodities”, apontou o BofA.


Quanto ao setor de papel e celulose, o real depreciado e a força dos benchmarks europeus em relação à China devem beneficiar as empresas, segundo o BofA. O Santander também prevê que, embora os resultados trimestrais possam ser afetados por preços realizados mais fracos, o setor deve se manter relativamente estável. Para a Suzano, a expectativa é de volumes de vendas de celulose mais baixos, compensados por preços mais firmes em reais, enquanto a Klabin deve sofrer um impacto maior, com Ebitda 16% menor devido à manutenção na planta de Ortigueira. A Irani deve ter um trimestre estável, com aumento nos volumes de caixas de papelão, ainda que enfrentando maiores custos de aparas.


Os desafios do setor de mineração continuam, com o Itaú BBA projetando queda nos resultados de empresas como Vale e CSN Mineração, devido à redução nos preços do minério de ferro. Contudo, no segmento de papel e celulose, a expectativa é de resultados neutros para Suzano, enquanto Klabin pode ser o destaque negativo.


Apesar das dificuldades no trimestre, os produtores de celulose podem ainda registrar resultados relativamente sólidos, impulsionados por um câmbio favorável e preços estáveis no mercado europeu.


Fonte: Portal Celulose

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