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A verdade sobre o coronavírus e o papel

Considerando as muitas dúvidas sobre uma possível transmissão do coronavírus pelos produtos de papel, Two Sides buscou consolidar as evidências científicas sobre o assunto disponíveis até agora. O mundo mudou muito rapidamente nos últimos meses. Quase todos os aspectos da vida cotidiana foram completamente impactados, desde negócios e política até cultura e a vida em sociedade e vai demorar um pouco até que tudo volte ao normal.


30/04/2020 - O mundo mudou muito rapidamente nos últimos meses. Quase todos os aspectos da vida cotidiana foram completamente impactados, desde negócios e política até cultura e a vida em sociedade e vai demorar um pouco até que tudo volte ao normal.

No momento em que há um intenso foco na propagação do coronavírus e em maneiras pelas quais essa disseminação pode ser reduzida, tem havido muitos estudos sobre  como diferentes superfícies podem reter e potencialmente espalhar o vírus. Como papel e cartão são meios físicos, eles estão sob os holofotes, com muitas preocupações se as pessoas podem pegar o coronavírus simplesmente tocando-os. Por isso, verificamos os fatos relacionados à transmissão da Covid-19 a partir de superfícies de papel e papelão.

Os fatos

Pesquisas e orientações das principais organizações de saúde do mundo, incluindo a Organização Mundial de Saúde (OMS), o Journal of Hospital Infection e o National Institute of Allergy and Infectious Diseases, sugerem que o risco relacionado à transmissão do coronavírus a partir de superfícies é relativamente baixo. De acordo com a Organização Mundial da Saúde, “a probabilidade de uma pessoa infectada contaminar mercadorias é baixa e o risco de pegar o vírus que causa a COVID-19 de uma embalagem que foi, transportada e exposta a diferentes condições e temperaturas também é baixo.” [1]

As pesquisas científicas mais referenciadas sobre a taxa de infecção a partir de diferentes superfícies são do National Institutes of Health (NIH), Centers for Disease Control (CDC), UCLA, e Princeton University. Esses estudos mostram que o vírus tem maior sobrevida no plástico (até 72 horas) e a menor no papelão (até 24 horas) [2]. Esse tempo é reduzido quando a superfície é exposta ao ar, com o vírus se tornando cada vez menos potente quanto mais exposto. O processo de impressão também diminui a potência de qualquer vírus.

“Os jornais são bastante estéreis devido à maneira como são impressos e ao processo pelo qual passaram”, disse George Lomonossoff, virologista do John Innes Centre no Reino Unido. As chances de [ser infectado] são infinitesimais.” [3]

Abordando as preocupações

Além do fato de que as condições de fabricação do papel e os processos de impressão e distribuição diminuírem significativamente a quantidade de partículas viáveis necessárias para infectar alguém, o material em si não é um bom local para a existência do vírus. Os pesquisadores descobriram que o coronavírus dura mais tempo em superfícies lisas, como o plástico, do que em porosas. Como papel e papelão são porosos, eles têm o menor potencial pelo menor período [2].

Sem dúvida, haverá mais pesquisas sobre a relação entre Covid-19 e superfícies nos próximos meses e anos. Entender essa pandemia é vital para evitar uma repetição de suas consequências devastadoras. Mas também é vital abordar as preocupações em torno de sua disseminação e trabalharemos duro para mantê-los atualizados sobre as últimas pesquisas em papel e cartão.

Fontes: 1- International News Media Association (inma), 2020 2- Aerossol e estabilidade da superfície de HCoV-19 (SARS-CoV-2) em comparação com SARS-CoV-1, 2020 3- Entrevista com a BBC Radio Scotland, março de 2020

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