Produção industrial brasileira fica estável em dezembro

A produção da indústria brasileira ficou estável em dezembro, frente a novembro. O resultado veio na mediana das expectativas do mercado. A produção da indústria extrativa caiu 1,1%, enquanto a produção da indústria de transformação aumentou 0,3%. Dentre as grandes categorias pesquisadas, houve quedas em bens intermediários (-1,58%) e bens duráveis (-0,32%), ao passo que a categoria de bens semi e não duráveis (0,73%) avançou. Os insumos típicos da construção civil (ICC) avançaram 0,7% em relação a novembro, após queda de 2% no mês anterior.

Por: Gerência de Economia – FIEMG

09/02/2023 - A produção da indústria brasileira ficou estável em dezembro, frente a novembro. O resultado veio na mediana das expectativas do mercado. A produção da indústria extrativa caiu 1,1%, enquanto a produção da indústria de transformação aumentou 0,3%.

Dentre as grandes categorias pesquisadas, houve quedas em bens intermediários (-1,58%) e bens duráveis (-0,32%), ao passo que a categoria de bens semi e não duráveis (0,73%) avançou. Os insumos típicos da construção civil (ICC) avançaram 0,7% em relação a novembro, após queda de 2% no mês anterior.

Das 25 atividades pesquisadas, 14 apresentaram recuo, com destaque para fumo (-8%), metalurgia (-5,1%) e máquinas e equipamentos (-3,6%). Por sua vez, as atividades de farmoquímicos e farmacêuticos (9,1%), de vestuário e acessórios (8%) e de móveis (7,6%) registraram expansão.

No acumulado de 2022, a produção industrial recuou 0,7%, devido aos decréscimos nas indústrias extrativa (-3,2%) e de transformação (-0,4%). Das 25 atividades pesquisadas, 16 mostraram contração, com destaque para móveis (-16,2%), produtos de madeirFICAa (-12,9%), têxteis (-12,8%) e materiais elétricos (-10,7%). Em contrapartida, os maiores aumentos ocorreram nas atividades de outros equipamentos de transporte (12,9%), de fumo (8,6%) e de derivados do petróleo e de biocombustíveis (6,6%). Já o ICC caiu 6,9% no ano.

PERSPECTIVAS

A menor confiança de empresários sinaliza que no curto prazo a produção de bens industriais pode arrefecer, sobretudo no segmento de transformação. As taxas de juros em patamares elevados e por tempo prolongado devem permanecer desestimulando o consumo e os investimentos. Contudo, o impulso externo pode contribuir para a demanda por produtos industrializados. A reabertura da economia chinesa e a atividade econômica na Europa e nos Estados Unidos mais forte do que o esperado anteriormente sugerem que a economia global pode apresentar aceleração no decorrer do ano, ainda que a magnitude seja incerta.

Fonte: IBGE