2 de jun de 2022

Os impactos do custo da energia na indústria

Tema foi tratado por especialista do setor durante evento promovido pela FIEMG. Sensibilizar as indústrias quanto ao peso do custo da energia sobre os seus processos produtivos e promover a utilização de energias renováveis, esses foram os objetivos do workshop Os impactos do custo da energia - Desafios e Oportunidades. “Todos nós sentimos o custo da energia em nosso dia a dia, da conta alta de luz que pagamos ao impacto no custo dos produtos que consumimos”, afirmou Tânia Mara dos Santos, gerente de Energia da FIEMG, na abertura do evento realizado no dia 31/05, na sede da Federação, em Belo Horizonte.

Fotos: Sebastião Jacinto Júnior

02/06/2022 - Sensibilizar as indústrias quanto ao peso do custo da energia sobre os seus processos produtivos e promover a utilização de energias renováveis, esses foram os objetivos do workshop Os impactos do custo da energia - Desafios e Oportunidades. “Todos nós sentimos o custo da energia em nosso dia a dia, da conta alta de luz que pagamos ao impacto no custo dos produtos que consumimos”, afirmou Tânia Mara dos Santos, gerente de Energia da FIEMG, na abertura do evento realizado no dia 31/05, na sede da Federação, em Belo Horizonte.

A programação do workshop contou com palestras, como o tema O Peso da Luz, apresentado por Victor Iocca, diretor de Energia Elétrica da Associação dos Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace). O gestor explicou alguns pontos sobre a produção e consumo de energia no Brasil, como o alto valor pago pelos consumidores, a falta de modernização do setor, o modelo atual, que é prejudicial à indústria, e o número de encargos, impostos e subsídios embutidos nas contas de luz. “O consumidor tem pouca voz no setor de energia e precisamos nos articular e defender uma energia mais competitiva. Devemos aproveitar o ano eleitoral para

debater o tema energia e torná-lo prioridade nacional”, provocou.

Iocca também apresentou o resultado parcial de um estudo, que ainda está sendo realizado, que aponta os impactos da cobrança de energia elétrica e do gás natural no desenvolvimento econômico. Segundo ele, no orçamento doméstico, a conta de luz compromete uma parcela significativa da renda familiar. Nas unidades industriais e comerciais, eleva o custo de produção, causando a perda de competitividade e a redução de investimentos. “Uma das consequências diretas é a diminuição de postos de trabalhos”, explicou.

Como possíveis soluções, o diretor de Energia Elétrica da Abrace apontou o aumento da eficiência da produção energética no Brasil, alocação de risco, expansão competitiva, interrupção de custos, eliminação de subsídios desnecessários e a elaboração de políticas públicas direcionadas para o tema energia.

“Com um custo de contratação de energia (incluindo todos os custos e impostos) a US$ 50/MWh para a indústria de alta tensão, teríamos como resultado, nos próximos 10 anos, a criação de cerca de 4 milhões de postos de trabalhos adicionais até 2032, e redução de 0,8 p.p ao ano na taxa de inflação projetada e o avanço em 10 posições no ranking de IDH”, explicou.

Cases de Sucesso - Os participantes do workshop “Os impactos do custo da energia - Desafios e oportunidades” também conheceram as atividades desenvolvidas pelas empresas (RE)Energisa, Cemig Sim, Ecopower e oportunidades de financiamento pelo Sicoob Credifiemg.

O tema Sistema de Armazenamento de Energia: Confiabilidade, Qualidade, Sustentabilidade e Economia foi apresentado por Gustavo Malagoli Buiatti, diretor de Desenvolvimento de Negócios e Tecnologia da (RE)Energisa. A empresa, que atende aos segmentos de agro, metalurgia, celulose, mineração e serviços, está presente em 11 estados, com 11 empresas de transmissão, sete de serviços e uma de geração distribuída. "Essa experiência nos faz conhecer de perto os principais desafios dos clientes”, disse.

O gestor pontuou a necessidade, urgente, de as empresas adotarem os conceitos da ESG em suas estratégias de negócios. "O mundo clama por mudanças e o carbono zero até 2050 é um imperativo global", disse, destacando que, para auxiliar seus clientes nesse processo, a (RE)Energisa utiliza a estratégia dos 4Ds: Descarbonização, com a transformação energética, energia renovável, eletrificação e hidrogênio, Descentralização, com soluções de armazenamento, sistemas descentralizados, recursos energéticos distribuídos e geração distribuída, Digitalização, que utiliza tecnologias como big data, automatização, robotização, I.A e smart grid e, por último, a Diversificação, com

a oferta de múltiplas fontes de energia, diversificação de serviços e expansão da distribuição.

Já Lucas Souto, gerente de Marketing e Sucesso do Cliente da Cemig Sim, apresentou o case Energia como Motor para o Desenvolvimento da Indústria. A empresa é um braço da Cemig, que adota a cultura startup e utiliza a inovação e a tecnologia para gerar soluções para o mercado. “A energia é essencial para a sociedade viver de forma confortável e próspera, sendo premissa para o desenvolvimento de um país”, afirmou Souto, pontuando que o Brasil ainda é muito dependente da geração de energia hídrica.

O case Instalação Fotovoltaica, da empresa Ecopower, foi o tema da explanação de Marcos Poli. Com mais de 8 anos de mercado, gerando mais de 18.000 MWh, a empresa é uma das pioneiras no setor fotovoltaico e possui 20.000 projetos instalados e homologados em diversos segmentos, como empresas, residências, indústrias e fazendas.

Na palestra de Humberto Mafra Almeida, gerente geral do Sicoob Crefiemg, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer as linhas de créditos competitivas voltadas para o setor energético. Segundo Almeida, a instituição é uma referência em cooperativismo, trabalhando o desenvolvimento econômico e social das pessoas e

comunidade. “No mundo das cooperativas, a meta é atender às necessidades do grupo e garantir o bem-estar de cada integrante”, afirmou.

Denise Lucas

Imprensa FIEMG

Fonte: FIEMG