30 de mar de 2023

Minas registra um superávit 26.983 empregos em fevereiro

Apesar do resultado positivo, houve queda de 29,5% em relação ao saldo do mesmo mês de 2022. O mercado de trabalho formal de Minas Gerais registrou, em fevereiro, o melhor desempenho desde agosto de 2022. No mês passado, o Estado teve um superávit de 26.983 postos de trabalho, fruto de 216.617 contratações e 189.634 desligamentos realizados no período. O desempenho positivo, impulsionado principalmente pelo setor mineiro de serviços, também quebrou uma sequência de dois meses consecutivos de saldo negativo. O Estado ainda apresentou a segunda melhor performance do Brasil no mês, atrás apenas de São Paulo, com superávit de 65.356 postos de trabalho.

Com 216.617 admissões e 189.634 rescisões, Minas Gerais apresentou a segunda maior geração de vagas formais no País em fevereiro | Crédito: Marcello Casal Jr./ABr

Por Thyago Henrique

30/03/2023 - O mercado de trabalho formal de Minas Gerais registrou, em fevereiro, o melhor desempenho desde agosto de 2022. No mês passado, o Estado teve um superávit de 26.983 postos de trabalho, fruto de 216.617 contratações e 189.634 desligamentos realizados no período. O desempenho positivo, impulsionado principalmente pelo setor mineiro de serviços, também quebrou uma sequência de dois meses consecutivos de saldo negativo.

O Estado ainda apresentou a segunda melhor performance do Brasil no mês, atrás apenas de São Paulo, com superávit de 65.356 postos de trabalho. Com o resultado, Minas Gerais acumulou em 2023 um saldo positivo de 25.164 vagas, decorrentes de 413.764 admissões e 388.600 demissões efetuadas. Nesse caso, porém, ficou na retaguarda tanto dos paulistanos (83.597) quanto de Santa Catarina (36.206), Paraná (30.873) e Rio Grande do Sul (29.749).

Embora tenha registrado saldo positivo em fevereiro, o mercado de trabalho mineiro teve um desempenho 29,5% inferior frente ao mesmo período de 2022 (38.251). Já no acumulado de 2023, apesar do superávit, houve queda de 33,2% ante o mesmo intervalo do ano passado (37.678). Os dados fazem parte do Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged), divulgado ontem pelo Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

O economista da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Minas Gerais (Fecomércio-MG), Stefan D’Amato, destaca que houve um ligeiro aumento no mês passado se comparado a janeiro e também um crescimento significativo nos últimos 12 meses. Mas salienta que, realmente, os números ainda estão abaixo do exercício anterior.

“A partir do segundo semestre de 2022, houve uma recuperação no mercado de trabalho em Minas Gerais. Atualmente, em 2023, os postos de trabalho no Estado se estabilizaram. Isso pode ser explicado pelo fato de que, com o abrandamento da pandemia e a retomada das atividades econômicas, as vagas que foram perdidas durante o período mais crítico foram preenchidas. Como resultado, o mercado está voltando ao seu crescimento natural”, avalia.

Análise setorial

Em fevereiro, quatro dos cinco grandes grupos da economia mineira analisados tiveram saldos positivos. O destaque, mais uma vez, foi o setor de serviços, com 16.539 postos de trabalho, puxado principalmente pelo segmento de administração pública, defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais, com a abertura de 11.203 vagas.

Ainda de acordo com o Caged, os setores da indústria (6.000), agropecuária (3.363) e construção (2.558) também tiveram superávits. Já na outra ponta, o comércio apresentou déficit pelo terceiro mês seguido, com um saldo negativo de 1.477 postos de trabalho. O desempenho da atividade foi motivado, sobretudo, pelo segmento do comércio varejista, com o fechamento de 2.751 vagas no período.

“Os problemas recorrentes do setor de comércio são a desaceleração crescente das vendas e o aumento da inadimplência dos consumidores, que são gerados pela taxa de juros elevada que desestimula o crédito para investimentos produtivos. Além disso, a instabilidade na área política, a indefinição das diretrizes governamentais e a alta inflação agravam esses problemas, gerando insegurança para os comerciantes”, explica.

Fonte: Diário do Comércio