7 de fev de 2023

Economia: Desempenho do mercado de trabalho formal – CAGED dezembro 2022

Caged mostra recuo de 431 mil vagas de trabalho formal no Brasil em dezembro, no acumulado de 2022, saldo foi positivo em dois milhões de vagas. No Brasil, o saldo do Caged (contratados – demitidos) foi negativo em 431 mil vagas em dezembro, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, resultado bem pior que as expectativas de mercado¹ (fechamento de 330 mil vagas). Vale ressaltar que, tradicionalmente, dezembro é um mês de redução líquida de vagas, devido à sazonalidade. Apesar do resultado negativo de dezembro, o mercado de trabalho formal brasileiro registrou a criação de 2 milhões de vagas em 2022.

Por: Gerência de Economia e Finanças Empresariais – FIEMG

07/02/2023 - No Brasil, o saldo do Caged (contratados – demitidos) foi negativo em 431 mil vagas em dezembro, segundo o Ministério do Trabalho e Previdência, resultado bem pior que as expectativas de mercado¹ (fechamento de 330 mil vagas). Vale ressaltar que, tradicionalmente, dezembro é um mês de redução líquida de vagas, devido à sazonalidade.

O segmento de serviços (-188,1 mil vagas) destacou-se negativamente, influenciado pelo subsetor de educação (-76,1 mil vagas). A indústria de transformação registrou queda de 113 mil vagas, puxado especialmente pelos subsetores de alimentos (-15,8 mil vagas), de vestuário e acessórios (-15,5 mil vagas) e de couro e calçados (-14,6 mil vagas). A indústria da construção civil (-74,5 mil vagas) e o segmento da agropecuária (-36,9 mil vagas) também se destacaram negativamente.

Apesar do resultado negativo de dezembro, o mercado de trabalho formal brasileiro registrou a criação de 2 milhões de vagas em 2022. No setor de serviços (1,2 milhão), a geração de vagas foi puxada pela maior demanda por atividades administrativas e serviços complementares (280,3 mil), alojamento e alimentação (176,2 mil), educação

(103,4 mil), transportes (124,6 mil) e saúde humana e serviços sociais (99,6 mil). Na indústria de transformação (217,3 mil), os saldos foram explicados pelos aumentos das demandas interna e externa. Os subsetores de alimentos (53,9 mil), de manutenção e reparação (29,1 mil) e de couro e calçados (24,8 mil) destacaram-se positivamente. Já os subsetores de produtos de madeira (-6,3 mil), de têxteis (-5,9 mil) e de móveis (-3,7 mil) registraram recuo de vagas no ano.

Em Minas Gerais, o saldo de empregos de dezembro foi negativo em 45,8 mil vagas. O setor de serviços (-16,6 mil vagas) e as indústrias da construção civil (-11,4 mil vagas) e da transformação (-11,3 mil vagas) destacaram-se negativamente.

No ano, o mercado de trabalho mineiro registrou a abertura de 178 mil vagas no estado. O resultado foi influenciado, sobretudo, por serviços (112 mil vagas), pela indústria de transformação (25,9 mil vagas) e pelo comércio (25,6 mil vagas)

PERSPECTIVAS

Nos próximos, meses a geração de postos de trabalho deverá crescer em ritmo mais modesto, mais atrelado ao desempenho da atividade econômica. Os estímulos fiscais autorizados em 2022 não devem ser renovados em 2023. Adicionalmente, a taxa básica de juros em patamar elevado e seus impactos negativos na atividade econômica seguem como entraves para a geração de vagas formais. Nesse sentido, vale ressaltar o Índice de Confiança do Empresário Industrial da CNI de janeiro de 2023, que indicou falta de confiança dos industriais brasileiros. Essa falta de confiança dos empresários pode contribuir para a redução do ritmo de geração de vagas no ano.

¹ Estimativa Bloomberg

Fonte: FIEMG