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Confiança dos empresários fecha 2023 em queda

Instituição também revela que a confiança para 2024 é incerta. O Índice de Confiança Empresarial (ICE) encerrou o ano de 2023 com 91,2 pontos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o resultado ficou 0,6 ponto abaixo do registrado em novembro (91,8). Desta forma, o indicador que avalia a confiança dos empresários brasileiros alcançou a quarta queda consecutiva e o menor nível desde abril do mesmo ano, quando marcou 91,1 pontos.

A indústria marcou sua melhor pontuação no Índice de Confiança Empresarial

desde outubro de 2022 | Crédito: Adobe Stock

Leonardo Leão

02/01/2024 - O Índice de Confiança Empresarial (ICE) encerrou o ano de 2023 com 91,2 pontos. De acordo com o Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getúlio Vargas (FGV Ibre), o resultado ficou 0,6 ponto abaixo do registrado em novembro (91,8). Desta forma, o indicador que avalia a confiança dos empresários brasileiros alcançou a quarta queda consecutiva e o menor nível desde abril do mesmo ano, quando marcou 91,1 pontos.

O economista do FGV Ibre, Rodolpho Tobler, lembra que a confiança empresarial fecha o ano em um patamar semelhante ao de 2022 – quando chegou a 90,7 pontos -, representando um avanço de apenas 0,5 ponto. “A sinalização dos resultados do último trimestre mostra que há uma ligeira melhora na percepção sobre o momento presente, porém com mais cautela em relação às expectativas para os próximos meses”, afirma.

O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV IBRE: Indústria, Serviços, Comércio e Construção. Ele é dividido por dois subgrupos: Índice de Expectativas Empresarial (IE-E) e o Índice da Situação Atual Empresarial (ISA-E).

Em dezembro do ano passado, o IE-E permaneceu relativamente estável, com alta de 0,3 ponto, fechando o mês com 88,5 pontos. O destaque nesse caso foram as altas de 3,4 pontos do Emprego previsto (97,9 pontos), e de 1,6 ponto do Tendência dos negócios seis meses à frente, que alcançou 90,6 pontos. Enquanto isso, a Demanda prevista se manteve estável em torno dos 88 pontos.

Já o ISA-E encerrou o último ano com 95,8 pontos e se aproximando do nível neutro dos 100 pontos, devido ao avanço de 0,3 ponto frente a novembro (95,5). Dentre os componentes, o grupo Situação atual dos negócios que se manteve nos 97 pontos e o Volume de demanda atual que recuou 0,2 pontos, fechando 2023 com 94,9 pontos.

Na divisão por setores, o grande destaque do ICE foi a Indústria, que atingiu 95,3 pontos, o melhor índice de confiança desde outubro de 2022. Os grupos de Construção e Comércio se mantiveram relativamente estáveis, apesar de estarem em níveis diferentes, com seus índices de confiança situando-se em 96 e 87,5 pontos, respectivamente.

Por outro lado, o setor de Serviços apresentou sua quinta queda consecutiva no indicador, com recuo de 2,4 pontos na comparação com novembro de 2023 (94,4), fechando o mês de dezembro com 92 pontos. Esse resultado reflete a piora das perspectivas dos empresários do setor sobre o futuro.

Em dezembro, a confiança empresarial subiu em 55% dos 49 segmentos integrantes do ICE, uma disseminação superior à de 47% observada no mês anterior.

Quanto ao ritmo da confiança dos empresários em 2024, o economista do FGV Ibre avalia que ainda segue incerto, “dependendo da continuidade de melhoria do ambiente macroeconômico e retomada de algumas atividades-chave, como, por exemplo, serviços, que têm relatado piora nas suas últimas avaliações”.

Fonte: jornal Diário do Comércio